Era assim que eu vivia

Autor: Clodoval de Barros Pereira

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     Ninguém ignora que no Serviço Público poucas vagas sobram para os filhos da gente espoliada, a não ser de Gari, para varrer ruas, recolher lixos ou outras funções menos atraentes. Os cargos ou empregos mais vantajosos são criados para a parentela desses mandões. O que sobra, ou melhor, o que eles rejeitam, são destinados à ‘cabroeira’ de quem emana, por ignorância ou subserviência, o poder que esses oportunistas exercem.

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Eles contaram, eu escrevi

Autor: Clodoval de Barros Pereira

     Primeiro ouvi de meu pai, depois de velhos moradores do engenho, que me tornei habitante deste Planeta às duas horas de uma madrugada fria que declinava para um domingo ensolarado. E não faz mal lembrar que naquele rincão as pessoas não se ligavam a datas ou horas de fatos acontecidos, porém, não sei por que alguém deu uma olhadela no calendário e constatou que ele marcava 14 de setembro na bucólica sede do engenho Pacheco, um velho bangüê de fogo morto.

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